Sim, saúde é uma necessidade urgente!
Quero hoje, apresentar-vos como motivo de nossa oração, o quadro das principais doenças, causadoras de morte, em Portugal. Mas antes, gostaria que lessem o que escreveu o D. Eduardo Lessa, acerca do Ministério de Jesus:
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Jesus curou
“Vejo Jesus como médico, sobretudo, porque ele passou a maior parte dos três anos e meio de seu ministério curando. “Mas as multidões, ao saberem, seguiram-no. Acolhendo-as, falava-lhes a respeito do reino de Deus e socorria os que tinham necessidade de cura.”Lucas 9:11. É justamente no evangelho do médico Lucas que encontramos a maioria de seus milagres. Era muito comum naquela época as pessoas associarem uma doença ou a desgraça a algum pecado cometido, mesmo que não tivesse relação com consequências naturais de escolhas erradas, como se fosse uma punição divina e portanto essas pessoas eram marginalizadas e sofriam preconceito. Ao contrário da maioria, Cristo se aproximava delas.
As curas realizadas por Jesus tinham um significado muito mais amplo do que uma simples recuperação da saúde física e por isso frequentemente vemos Jesus falando sobre questões de salvação, fé e Deus antes, durante e após seus milagres. “Então, Jesus lhe disse: Recupera a tua vista; a tua fé te salvou.”Lucas 18:42. Na verdade a própria palavra salvação no contexto bíblico é aplicada como sinônimo de cura. Isso se reflete tanto no grego quanto no hebraico, os idiomas originais em que a Bíblia foi escrita.
A palavra salvação, tem sua origem no grego “soteria”, que também transmite a ideia de cura, redenção, remédio e resgate, além de libertação; no latim segue-se o mesmo princípio: “salvare”, que significa salvar, tem a mesma raiz de “salus”, que significa ajuda ou saúde .
Existem vários textos que sugerem essa noção ampliada sobre salvação/cura. “Jesus, porém, ouvindo isso, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos; eu não vim chamar justos, mas pecadores.”Marcos 2:17. Jesus disse essa frase para um grupo de fariseus que se consideravam justos, mas a Bíblia e Jesus deixam claro que não há um justo sequer, todos são pecadores e estão separados de Deus. “Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades.”Salmos 103:3.
Há uma firme conexão entre salvação e cura, assim como entre pecado e doença, demonstrando que a obra de Deus, através do Filho é resgatar e curar a nós, os enfermos do pecado. Essa condição que adquirimos por herança desde o Éden, de viver separados de Deus, num estado de rebelião, por nossa própria escolha. Uma vez que nos desconectamos da fonte da vida, por desconfiança e medo, começamos a padecer rumo à morte, ao menos que essa doença seja extirpada.
Esse tema é parte fundamental do Evangelho e não à toa, o verbo “sozo ou sozer”, salvar (curar) em grego, aparece mais de 100 vezes no Novo Testamento. O próprio significado do nome de Cristo resume toda a sua obra de salvar, curar revelando quem é Deus. Jesus, vem do latim “Iesus”, que vem do grego “Iesous”, que vem do aramaico “Yeshua ou Yahshua”, originalmente vindo do hebraico “Yehoshua ouYaohushua” (traduzido em português para Josué, tipo de Jesus, que conduziu o povo para entrar na terra prometida). “Yaohushua” significa Deus salva, “Yaohuh” (Yod HêVav Hê, nome hebraico original do Criador Pai) + “shua” (salva).
Resumindo, Jesus veio para mostrar que o Pai só tem um interesse: nos salvar (curar). Revelando o verdadeiro caráter do Pai, que é baseado no amor, o Filho nos atrai para Ele restabelecendo a relação de confiança, proporcionando a cura da doença chamada pecado, que em essência nada mais é do que a nossa separação do Criador. “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”Mateus 1:21.“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12).
Para mim, são muito elucidativos os seguintes textos interligados: “Tendo Jesus chegado à casa de Pedro, viu a sogra deste acamada e ardendo em febre. Mas Jesus tomou-a pela mão, e a febre a deixou. Ela se levantou e passou a servi-lo. Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou sobre si as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças.”Mateus 8:14-17 “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”Isaías 53:4,5. “Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados. Pois vocês eram como ovelhas desgarradas, mas agora se converteram ao Pastor e Bispo de suas almas.”I Pedro 2:24,25.
O homem que vivia desgarrado, desconfiando de que Deus não é o que diz ser, vivendo uma sobrevida de doença, independente, escravo do próprio eu, ao olhar para cruz tem sua visão regenerada, tal como Paulo após o caminho de Damasco, tem a sua vida transformada, tal como Pedro e João após a ressurreição de Cristo. O que Deus propõe não é só uma salvação futura ou só uma cura física ou simplesmente o perdão, mas sim uma cura da doença do pecado, uma transformação completa da alma, da forma de pensar, de enxergar a Deus, para que o homem possa mais uma vez viver em unidade com o Pai, conectado com a fonte da vida, sem medo, num relacionamento de plena confiança, espelhando Seu caráter em plenitude de vida, hoje.
“Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora. Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz; mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos. Jesus lhes propôs esta parábola, mas eles não compreenderam o sentido daquilo que lhes falava. Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem. O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.”João 10:4:11.”
(Dr. Eduardo Lessa, Médico)
Quadro de Portugal:
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e relativos a2008, as doenças do aparelho circulatório continuam a ser principal causa de morte em Portugal.
As DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO estão no topo da lista, no ano passado provocaram a morte a mais de 33 600 pessoas, na sua maioria mulheres. Valor que dá uma média de 92 óbitos por dia.
Seguem-se os TUMORES MALIGNOS na lista de doenças mais mortais. Em 2008 foramquase 25 mil aqueles que perderam a vida devido ao cancro, tendo sido os homens as principais vítimas. Este número é de 1/4 a 1/5 a taxa da mortalidade global. O índices de mortalidade, ao contrário do que sucede na maioria dos países da UE continua a aumentar em Portugal, o que nos torna no país da Europa dos Quinze em pior situação neste aspecto. O aumento da mortalidade por cancro em Portugal, em relação ao que se passa na UE, reflecte a fragilidade das políticas de prevenção, a escassa ênfase no diagnóstico precoce, alguns problemas no acesso aos sistemas de saúde, a desigualdade na qualidade da terapêutica e o deficiente apoio ao doente, após o tratamento, em muitas áreas do país.
Em terceiro lugar surgem as DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO que provocarammais de 11 500 mortes, na sua maioria indivíduos do sexo masculino.
Em quarto lugar estão as DOENÇAS DO APARELHO DIGESTIVO com quase 11 600óbitos e logo a seguir os acidentes, envenenamentos e o que o Instituto Nacional de Estatística classifica como violências, que em 2008 foram as responsáveis por4500 mortes, sendo quase dois terços do sexo masculino.
Por fim surge a DIABETES, mais fatal nas mulheres. No ano passado perderam a vida4267 pessoas devido a esta doença.
Entre as outras causas de morte, o INE divulga que ocorreram 790 óbitos pelo vírus da SIDA (AIDS) e 776 MORTES NA ESTRADA.
Também 1035 pessoas faleceram na sequência de lesões auto provocadas intencionalmente (SUICÌDIO), o que dá mais de 3 casos por dia. Há países europeus com taxas bastante mais elevadas, como é o caso, por exemplo, dos países de Leste ou a Alemanha. No Sul da Europa, Portugal surge nos países com mais alta taxa, em grande parte devido ao elevado número de suicídios de idosos, a sul do Tejo. Os homens suicidam-se mais do que as mulheres e se o género feminino opta por intoxicação medicamentosa, o masculino parece preferir métodos mais violentos como o enforcamento, as armas de fogo ou, sobretudo nas zonas rurais, o envenenamento com pesticidas. Mas será na adolescência que se registam mais tentativas de suicídio.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística em 2008 morreram em Portugal Continental 104 768 pessoas, mais de 97 mil tinham 50 anos ou mais.
Já com os índices de 2009, temos uma tabela das principais taxas de mortalidade dos últimos 10 anos: .Doenças do aparelho circulatório | Tumores | Diabetes | Lesões e envenena mentos |
Doenças do aparelho respiratório | Doenças do aparelho digestivo | Doenças nfecciosas parasitárias |
SIDA | Suicídio | Tubercu lose |
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2000 | 40.804 | 21.421 | 3.133 | 4.675 | 10.254 | 4.123 | 1.026 | 945 | 519 | 337 |
2001 | 40.557 | 21.908 | 3.956 | 5.035 | 8.960 | 4.448 | 688 | 1018 | 754 | 343 |
2002 | 40.846 | 22.234 | 4.443 | 5.621 | 9.233 | 4.559 | 691 | 995 | 1.199 | 345 |
2003 | 40.893 | 22.677 | 4.546 | 5.546 | 9.536 | 4.599 | 1.038 | 971 | 1.147 | 349 |
2004 | 36.983 | 22.283 | 4.482 | 5.372 | 8.665 | 4.638 | 832 | 900 | 1.195 | 304 |
2005 | 36.570 | 22.682 | 4.569 | 4.481 | 11.288 | 4.625 | 1.075 | 873 | 910 | 285 |
2006 | 32.872 | 22.168 | 3.729 | 4.540 | 11.496 | 4.291 | 1.586 | 714 | 868 | 224 |
2007 | 34.103 | 23.380 | 4.392 | 4.402 | 10.949 | 4.537 | 1.412 | 786 | 1.014 | 257 |
2008 | 33.642 | 23.944 | 4.267 | 4.499 | 11.555 | 4.561 | 1.685 | 708 | 1.035 | 233 |
2009 | 33.314 | 24.277 | 4.603 | 4.409 | 12.170 | 4.607 | 1.701 | 657 | 1.014 | 249 |
Estas são apenas as doenças seguidas de mortes, porque precisar o número EXATO de doentes vivos existentes em Portugal é enorme e quase impossível de contabilizar. E Portugal é um país pequeno.
MAIOR ÍNDICE DE PROBLEMAS MENTAIS DA EUROPA (23% DA POPULAÇÃO)
Os números apanharam de “surpresa” o próprio coordenador nacional para a saúde mental, Caldas de Almeida. Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população e aproxima-se perigosamente do campeão mundial Estados Unidos. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida. Para um grande mal, poucos remédios: 67% dos doentes graves estão sozinhos com o seu problema e nunca tiveram qualquer tratamento. As conclusões são do primeiro estudo nacional sobre saúde mental, liderado por Caldas de Almeida, da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa. (…) ” Esta ausência de acompanhamento terapêutico contrasta com o elevado consumo de anti-depressivos e ansiolíticos.
As perturbações mais comuns são as da ansiedade, com 16,5%, que em 3,2% dos casos assume proporções graves. “As pessoas costumam pensar que a depressão é que é grave, mas esquecem-se da ansiedade. Muitas vezes tem consequências também de grande gravidade”, refere o coordenador do estudo. Neste conjunto, o mais comum são as fobias a situações específicas, com 8,6%, seguidas da perturbação obsessivo-compulsiva (4,4%). As depressões atingem 8% do total e, dentro destas, os bipolares representam 1%. Para uma segunda fase ficam as doenças psicóticas, como as esquizofrenias. Por terem uma dimensão menor, os casos não foram apanhados neste levantamento. Nas perturbações do controlo dos impulsos, 1,8% dos doentes têm explosões interminentes. O comportamento irado de alguns portugueses ao volante é o exemplo para a manifestação desta perturbação. Caldas de Almeida sublinha ainda que a hiperactividade/défice de atenção, normalmente associada às crianças, tem também expressão nos adultos: representa 0,4% das perturbações do controlo dos impulsos.
A diferença entre Portugal e os restantes estados europeus é abissal. Aos 23% de prevalência nacional, Espanha contrapõe 9,2%,Itália 8,2% e a Bélgica 12%. Próximo do diagnóstico português apenas está a Ucrânia, com 20,5%. “É um padrão atípico”, admite Caldas de Almeida. No caso das doenças graves, Portugal supera os 6%, enquanto que os outros países do Sul se ficam por 1%. (Extraído do site: https://www.ionline.pt/conteudo/52456-portugal-e-o-pais-da-europa-com-mais-doentes-mentais).
Motivos de Oração:
- Ore para que haja uma grande atmosfera de arrependimento sobre
Portugal e uma grande fome por Deus e por Sua Palavra e seguido a isto, muitas curas e salvação.
- Ore por saúde em todas as áreas: espiritual, física e psicológica.
- Ore para que a Igreja se posicione em estabelecer o Ministério de cura, que era parte essencial do Ministério de Jesus.
- Ore para que o Senhor capacite os profissionais de saúde cristãos a conservarem a sua fé, mantendo a integridade, honestidade e espírito de serviço, face às enormes pressões que têm de enfrentar nos seus locais de trabalho.
- Ore para que a Associação Cristã Evangélica de Profissionais de Saúde (ACEPS-Portugal) e os seus membros, influenciem positivamente a sociedade portuguesa, em defesa da vida e dos valores morais encontrados nas Escrituras.
Que Deus te abençoe! Daniele Marques.