17º Oremos pelos Presos de Portugal!

12-04-2011 13:04

 

12042011


 

“Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, …” (Hb 13:3)

Como cristãos é a nossa “obrigação” de levar o Evangelho de salvação a toda a criatura (I Cor 9:16), para que tenham a oportunidade de desfrutarem a verdadeira liberdade espiritual na pessoa de Jesus Cristo.

Como Igreja estamos a viver tempos complicados em que muitos dos lideres, pastores, evangelistas têm esquecido das pessoas que se encontram nas prisões e alguns acham de não valer a pena o investimento nos trabalhos prisionais, pois, os frutos são pouco visíveis e não encaixam nas estruturas da igreja. Não podemos esquecer que o nosso Deus não tem prazer na morte dos ímpios, por essa razão devemos esforçar no propósito de alcançar pessoas em todo o lugar, nas igrejas, nas escolas, nos empregos, nas ruas, nos bairros, nos hospitais, nas prisões, etc.

É verdade que aqueles que nunca estiveram presos não poderão entender o que significa estar preso fisicamente. Mas, também creio por experiência própria, aquele que leva a preciosa Palavra de Deus aos que estão vivendo longe de Deus, da família, dos amigos, têm a oportunidade de ver nos reclusos e de testemunhar a verdadeira liberdade espiritual que nunca tinham experimentado nas suas vidas. Tenho visto coisas grandes a acontecer nas prisões na vida de muitos dos reclusos, desde da fome da Palavra de Deus, a grupos de oração entre eles, ao louvor que sobe até aos céus, a curas e libertação das fortalezas do diabo, a famílias interessadas no Evangelho de Jesus. Certamente teria muito que escrever o que o nosso grande Deus tem operado milagres tremendos nas pessoas que se encontram presas fisicamente, mas verdadeiramente livres espiritualmente para tornar-se servo de Deus e da justiça (Rm 6:18-22).

Numa revista secular um psicólogo que trabalha há muitos anos nas prisões dizia: “Estão a chegar às prisões criminosos muito mais jovens, mais violentos e com psicopatias, sinal da falha da prevenção da criminalidade”. Esta notícia preocupa-me em diversos sentidos, mas, nós como parte da Igreja de Deus, somos chamados para ser o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5:13-16). É o papel da Igreja como representante de Deus, de orarmos, levantar-mos e trabalhar-mos para mudar-mos o ambiente prisional, nas prisões do nosso país contando com o poder de Cristo, na transformação das vidas dos reclusos, até dos guardas e todo o pessoal dos serviços prisionais. Nada é impossível para Deus, e tudo é possível ao que crê!

É o nosso alvo levar o Evangelho de Cristo a toda a criatura (Mc 16:15), assim não esquecermos dos presos e sentirmos como se estivésseis presos com eles e despertar o recluso para a vida comunitária, pessoal, familiar, espiritual, sendo este o fruto de uma verdadeira reabilitação e reinserção na vida. Oremos agradecendo em primeiro lugar a Deus por tudo aquilo que está acontecendo nas prisões, e por todos aqueles que tem trabalhado neste ministério prisional em prol de muitas vidas. Pastor GRACINDO FRANCO (Igreja da Assembleia de Deus – Buraca, Lisboa).


SITUAÇÃO DOS PRESOS EM PORTUGAL:

A Direcção Geral dos Serviços Prisionais revelou este sábado que Portugal é um dos países europeus com maior número de presos por 100 mil habitantes, escreve a Lusa. Uma nota da DGSP refere que mesmo após a aplicação da reforma penal, Portugal situa-se entre os países da Europa com maior taxa de encarceramento, ou seja, número de reclusos por 100 mil habitantes.

Este esclarecimento segue-se à divulgação, na sexta-feira, de um estudo do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), que estabelece uma ligação de causa-efeito entre as reformas penais de 2007, a redução do número de presos e o aumento da criminalidade violenta em Portugal.

Aquele documento, da autoria do procurador Rui Cardoso, membro da direcção do SMMP, demonstra também que Portugal é dos países europeus como menos presos preventivos e que esse número tem vindo a baixar.

A DGSP salienta que, ao contrário do que se afirma, Portugal tem uma taxa de encarceramento (104 por 100.000 habitantes) superior à maior parte dos países europeus» e avança os exemplos de França e Alemanha, onde a taxa é de 91, de Itália, com 83, Irlanda, com 76, Grécia com 99, Bélgica, com 94 ou Dinamarca com 66. (https://aeiou.visao.pt/ha-mais-de-dois-mil-portugueses-presos-no-estrangeiro=f566104)

Cerca de 20 por cento dos reclusos em Portugal são estrangeiros, a maioria oriundos de Cabo Verde, Brasil e Guiné-Bissau, segundo dados da Direção Geral dos Serviços Prisionais (DGSP). Segundo as estatísticas da DGSP, referentes ao segundo trimestre de 2010, estão detidos nos estabelecimentos prisionais portugueses 2351 cidadãos estrangeiros, representando 20,4 por cento da população prisional.

A maioria dos reclusos estrangeiros são oriundos de Cabo Verde (727), seguindo-se Brasil (298), Guiné-Bissau (229), Angola (192) e Roménia (118).

A quase totalidade dos reclusos estrangeiros são homens (2168) com mais de 21 anos. Apenas 183 são mulheres a cumprir penas em Portugal.

As estatísticas da DGSP mostram também que a maioria dos presos estrangeiros está a cumprir uma pena de três a seis anos.

Segundo o organismo, um terço dos reclusos estrangeiros está em prisão preventiva. O número de cidadãos estrangeiros nas prisões portugueses não tem sofrido grandes alterações nos últimos anos, mostrando os dados que têm rondado os dois mil.

Segundo a Direção Geral dos Serviços Prisionais, o total de reclusos em Portugal é de 11 535 (9.184 portugueses e 2.351 estrangeiros), dos quais 10 923 são homens e 612 são mulheres. Em relação aos últimos quatro anos, foi em 2006 que os estabelecimentos prisionais albergaram o maior número de presos, 12 636. A partir dessa data, tem-se mantido na casa dos 11 mil a população prisional. (https://www.inverbis.net/opc/20-porcento-reclusos-estrangeiros.html)

 

No entanto, segundo o estudo, “existem factos em comum entre determinadas nacionalidades e determinadas condenações”, como é o caso de crimes como o auxílio à imigração ilegal, o tráfico de seres humanos, a angariação de mão-de-obra ilegal, o lenocínio, a extorsão e a falsificação de documentos. (Diário de Notícias)

Tendo em conta que a população prisional actual é composta por 11 688 reclusos, anualmente e em média, o gasto estatal com os presos é superior a 170 milhões de euros (170 644 000 euros).

Portugueses presos no exterior:


Motivos de Oração:

  • Ore pela salvação dos presos em Portugal (portugueses e imigrantes) e pela salvação dos presos portugueses (presos no exterior).
  • Agradecer a Deus pela salvação de muitos dos reclusos em Portugal e em todo o mundo.
  • Agradecer a Deus pelos familiares dos reclusos que também têm encontrado Jesus e pelo poder restaurador operado neles, curando e restaurando suas vidas.
  • Agradecer a Deus pelas Igrejas, o Desafio Jovem e outras instituições que têm contribuído para o trabalho das prisões.
  • Pela Direcção Geral Prisional e os responsáveis pelas prisões
  • Por todas as prisões que abrem a porta para a proclamação do Evangelho de Cristo.
  • Pelas pessoas que trabalham neste ministério prisional.
  • Pelas igrejas em todo o país, para serem o sal da terra e a luz do mundo, levando as Boas Novas de Salvação, quer orando, visitando, distribuindo Bíblias e literatura cristã.
  • Pelos reclusos novos convertidos, por crescimento espiritual e acompanhamento de discipulado.
  • Por grupos de oração entre os reclusos.
  • Por um grande avivamento dentro das prisões.

Que Deus te abençoe! Daniele Marques.