3º DIA – Juízo ou Avivamento? Ainda há tempo para decidirmos …

30-03-2011 09:17

 

 

29032011

Se existe algo em que não há qualquer contestação, é acerca da Eqüidade de Deus. A Palavra diz que Deus é um Juiz Justo (Salmo 7.11). Ele criou todas as coisas e as rege com Justiça. E essa Justiça não é partidária. Qualquer nação que O reconhece e anda em obediência, será perdoada e absolvida e gozará do seu favor, pois Seu amor e Graça inigualável, tem Perdão abundante para os maiores pecadores. Entretanto, quando uma nação fere seus princípios, ela se coloca debaixo de Seu Justo Juízo; independente de qual nação seja: Israel, EUA, África, Brasil ou Portugal. Não há acepção, quanto a isso. Deus não aceita subornos! O princípio ratificado em Dt 28 ainda é válido para os dias de hoje. A obediência é geradora de bênçãos e a desobediência, da maldição.

Hoje e amanhã, nossos motivos de Intercessão, referem-se às atitudes da nação portuguesa, em seus anos de vida. Certamente, o caos que se encontra hoje, não é obra do acaso, mas do resultado de suas atitudes, das escolhas de seus líderes, de seu povo.

O autor destas pesquisas, chama-se Renato Rocha, um português, casado com Carla Rocha, brasileira. Além de conhecer, os fatos da história de Portugal, ainda possuiu autoridade e discernimento Divino, para interpretá-los. Este jovem é um profeta de Deus, cheio da Palavra. É um, dentre muitos, que o Senhor tem salvado nesta nação.

“Como qualquer história de cada Nação, existem pontos brilhantes e pontos negros, que foram praticados e que entristeceram e ofenderam o coração do Senhor. Atitudes abomináveis, que chegaram às narinas de Deus, com cheiro nauseabundo e que trazem, muitas vezes Juízo sobre as Nações.

Seria difícil, de um modo resumido, enumerar todos os pecados de uma nação com quase 900 anos de história, mas existem alguns pontos na história portuguesa de muita relevância. De uma forma compacta, vou descrever alguns acontecimentos na história Portuguesa, que certamente, feriram o coração do Senhor.

  1. A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA INQUISIÇÃO PORTUGUESA, em que a fé era imposta pela violência, se necessário.

O termo Inquisição refere-se a várias instituições dedicadas à supressão da heresia no seio da Igreja Católica. A Inquisição foi criada inicialmente para combater o sincretismo entre alguns grupos religiosos, que praticavam a adoração de plantas e animais. A Inquisição medieval, da qual derivam todas as demais, foi fundada em 1184 no Languedoc (sul da França) para combater a heresia dos cátaros ou albigenses. Em 1249, implantou-se também no reino de Aragão, como a primeira Inquisição estatal e, já na Idade Moderna, com a união de Aragão e Castela, transformou-se na Inquisição espanhola (1478 – 1821), sob controle directo da monarquia hispânica, estendendo posteriormente sua actuação à América. A Inquisição portuguesa foi criada em 1536 e existiu até 1821. A Inquisição romana ou “Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício” existiu entre 1542 e 1965.

Em 23 de Maio de 1536, foi instituída a Inquisição em Portugal. Sua primeira sede foi Évora, onde se achava a corte. Tal como nos demais reinos ibéricos, tornou-se um tribunal ao serviço da Coroa.

A inquisição aplicava suas sanções a todo o individuo que fosse acusado de heresia. O condenado era muitas vezes responsabilizado por uma “crise da fé”, pestes, terremotos, doenças e miséria social, sendo entregue às autoridades do Estado, para que fosse punido. As penas variavam desde o confisco de bens e perda de liberdade, até a pena de morte, muitas vezes, na fogueira, método que se tornou famoso, embora existissem outras formas de aplicar a pena.

Nessas penas ao longo da história, tiveram inclusos Judeus Portugueses. Até fins do século 15, os judeus portugueses viveram em relativa paz social, apesar dos vários períodos de comoção, onde a minoria judaica pode sentir o peso da opressão cristã. Foi entre 1450 e 1480 que houve maior estabilidade comunitária, quando então alcançaram significativas projecções no reino português, como ministro de Estado, médicos, advogados, mercadores, financistas, intelectuais e geógrafos.

Após esta fase, começam os três séculos de grandes perseguições e sofrimentos que conduziram-nos a três diferentes caminhos: a curta e dolorosa via dos que foram fisicamente exterminados nos “pogroms de Lisboa” e nas tenebrosas masmorras e fogueiras da inquisição. Após 1480 as relações judaico-cristãs deterioram-se rapidamente, agravadas pela chegada de aproximadamente 120.000 fugitivos judeus perseguidos pela inquisição espanhola e expulsos da Espanha em 31 de março de 1492 pelos Reis Fernando e Isabel. Em Portugal, a situação se agrava com um o contrato de casamento entre D. Manuel I e Isabel, princesa espanhola filha dos reis católicos.
Algumas leis portuguesas, apesar de discriminá-los, objectivavam assimilar esta parte do povo: “o filho de judeu que se convertesse ao catolicismo tinha desde logo o direito de receber sua parte da herança, supondo-se falecido os pais, para este efeito.” “Era proibido ao judeu deserdar seu filho por mudança de crença.”
Posteriormente, expediu-se o édito de expulsão dos judeus, dando-se-lhes o prazo de dez meses, sob pena de morte e confisco de todos os seus bens, para a saída definitiva do país. Esse édito criou situações terríveis, uma vez que, decepadas as suas raízes, teriam que vender suas casas, vinhas e outra as posses, sujeitando-se aos preços vís que a ocasião propiciava.
Mais adiante, expediram-se ordens para que se tomassem os filhos menores de 14 anos dos judeus que, à conversão ao catolicismo, houvessem optado pelo desterro. E que as crianças judias fossem distribuídas pelas cidades e aldeias, para que se criassem e se educassem no seio de famílias católicas. Os baptizados, agora não mais judeus e sim “cristãos-novos”, continuaram expostos à malevolência popular que não tardaria a acusá-los da “criminosa” atitude de voltar, no segredo de seus lares, à prática da religião que, em publica violência, foram forçados a abandonar. Tal clima desencadeou, em 15 de abril de 1506, o morticínio de milhares de judeus no “pogrom de Lisboa”.

Sabemos pela Palavra de Deus que a fé não é para ser imposta, mas para ser anunciada e recebida por quem ouve e aceita o evangelho, a Palavra de Deus não nos fala para impormos nossa fé pela violência, pela tortura, ou por qualquer pratica que viole a lei do amor, pois a palavra de Deus nos diz em Lucas 9:54-56, “E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las”.

Outra coisa, Israel é a nação onde nasceu o Messias; ela nos deu Jesus. Temos uma dívida para com Israel. Devemos orar por sua paz: “ORAI PELA PAZ DE JERUSALÉM; PROSPERARÃO AQUELES QUE TE AMAM.  Haja paz dentro de teus muros, e prosperidade dentro dos teus palácios” (Sl 122.6,7). Quando Portugal oprime e mata judeus, se coloca debaixo da mira do juízo de Deus. E não só pelo facto de serem judeus, principalmente, o de serem seres humanos.

  1. A ESCRAVATURA, em que o ser humano era tratado sem direito algum

A escravatura já é uma prática com milhares de anos, quando o homem caiu da graça de Deus, cedo começou a querer subjugar seu semelhante, querendo privar seu semelhante dos direitos que Deus lhe deu. Mesmo em África e no Continente Americano, há relatos de escravatura entre os povos nativos, muito antes da invasão Européia, ganhando maior escala, com a chegada dos Europeus, pois a escravatura se expandiu em grande escala.

O comércio de escravos vindos de África iniciou-se no séc. XVI, com os portugueses, que exportavam mão-de-obra para a sua grande colónia americana, o Brasil. Logo se lhes associaram, neste tráfico, espanhóisinglesesfranceses eholandeses.

Negociantes sem escrúpulos, os chamados negreiros, compravam africanos já previamente escravizados por outros africanos, que os tinham aprisionado ao longo de guerras tribais. São trocados por tecidos ou outros bens de consumo e, em seguida, embarcados nos navios negreiros. Ali, eram agrilhoados e amontoados e depois submetidos a um regime de impiedoso, de racionamento de água e comida.

Mais de 12 milhões de africanos viram-se, assim, forçados a deixar a terra natal e a atravessar o Atlântico com destino às Américas, onde chegaram, após uma viagem de dois meses, em condições desumanas.

As primeiras excursões portuguesas à África subsaariana foram pacíficas (o marco da chegada foi a construção da fortaleza de S. Jorge da Mina, em Gana, em 1482). Portugueses, muitas vezes, se casavam com mulheres nativas e eram aceitos pelas lideranças locais. Já em meados da década de 1470 os “portugueses tinham começado a comercializar na Enseada do Benim e frequentar o delta do rio Níger e os rios que lhe ficavam logo a oeste”, negociando principalmente, escravos, com comerciantes muçulmanos.

Os investimentos na navegação da costa oeste da África foram inicialmente estimulados pela crença de que a principal fonte de lucro seria a exploração de minas de ouro, expectativa que não se realizou. Assim, consta que o comércio de escravos que se estabeleceu no Atlântico entre 1450 e 1900 contabilizou a venda de cerca de 11 313 000 indivíduos . A Palavra de Deus nos diz que o amor é o coração do Evangelho, pois Deus é Amor, toda e qualquer prática que viole o mandamento do Amor é condenado pelo Senhor. A Palavra de Deus nos fala que todos os mandamentos se resumem em dois: amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a nós mesmos. Toda e qualquer violação dos direitos humanos é condenável aos olhos do Senhor. A escravatura foi uma manifestação de total violação desses direitos, e por isso condenável diante de Deus, e Portugal caiu, dissolutamente, na prática desse pecado” (Renato Rocha).

Eu não sei vocês, mas meu coração chorou hoje, ao tomar conhecimentos destes tristes factos. Destas violações tão claras, da Palavra de Deus.

Esta semana, um líder, me mandou um e-mail, que continha a seguinte direção:

“Shalom amados Daniele e Luciano, creio que o Senhor segundo a Sua infinita misericórdia realmente está mobilizando um povo para interceder por Portugal, tenho tido conhecimento de outras pessoas se mobilizando como igreja a fim de interceder pela nação. Isso é maravilhoso, pois esta é a função da igreja, exercer o sacerdocio na terra, intercedendo pelo povo. Creio tbm num juízo iminente da parte de Deus vindo sobre a nação portuguesa, fruto da idolatria do povo português. Fruto de um tempo onde Portugal dominou, subjugou, roubou e escravizou outras nações. Creio que a oração da igreja portuguesa deveria ser no sentido de confessar estes pecados, e pedir ao Senhor que tenha misericórdia da naçãopois é tempo é chegado um tempo de colheita para as nações e o fruto que portugal plantou não é bomA igreja na nação tem que reconhecer isso, se humilhar e confessar estes pecados, para que seja gerado arrependimento no coração do povo e a partir dai flua um avivamento sobre Portugal”.

Então, nossa Intercessão de hoje, baseia-se em 2 Cr 7.14: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face  e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”

 

 

MOTIVOS DE ORAÇÃO:

  • Peçamos perdão e confessemos ao Senhor os pecados de Portugal, como nação. Meus antepassados são portugueses e certamente, se você é brasileiro, você tem algum português como ascendente. Sigamos o exemplo de Daniel, Esdras e Neemias, que confessaram os pecados de seu povo (Dn 9,3-19: Ed 9,5-15 e Ne 9).
  • Peçamos perdão pelos nossos próprios pecados, que agravam ainda mais, a situação da nação. Hoje é dia de confessarmos pecados e de nos arrependermos deles.
  • Oremos por Misericórdia.
  • Peçamos perdão a Deus, pelos maltratos, escravidão, inquisição e assassinatos de milhares de judeus e africanos. Se você conhece algum africano ou judeu, ore com ele hoje e peça a ele, perdão pelos pecados de sua nação.
  • Oremos para que haja uma atmosfera de reconciliação e quebrantamento sobre Portugal.
  • Peçamos perdão pelo pecado de racismo, que ainda se encontra bastante presente em Portugal.
  • Oremos por Jerusalém e pela África.
  • Oremos por restauração e avivamento em Portugal.

Que Deus os abençoe! Daniele Marques.